Os cientistas descobriram uma ligação entre níveis elevados de compostos perfluorados – amplamente utilizados em panelas antiaderentes – e diabetes.
Em um novo estudo, uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Uppsala disse que compostos perfluorados são toxinas ambientais e há uma ligação entre os níveis elevados no sangue e diabetes.
O grupo de pesquisa da Universidade de Uppsala já havia mostrado previamente associações entre altos níveis de toxinas ambientais, como o PCB, pesticidas e ftalatos e diabetes. Eles investigaram se os níveis elevados de um outro tipo de toxina ambiental, os chamados compostos perfluorados, estão relacionados com a diabetes.
Os compostos perfluorados são usados em uma grande variedade de produtos industriais e de consumo, incluindo a espuma que combate o incêndio, panelas antiaderentes, graxa e materiais hidrófugos, como material de contato com alimentos, cera de esqui e GoreTex, por exemplo.
Em um grupo de mais de mil homens e mulheres de 70 anos de idade, os níveis de sete diferentes compostos perfluorados foram medidos no sangue e relacionados com o fato dos indivíduos terem diabetes (114 pessoas) ou não.
Estes sete compostos perfluorados eram detectáveis em praticamente todos os indivíduos do estudo.”Vimos que níveis elevados, especialmente de um dos compostos perfluorados, ácido perfluorooctanóico (PFNA), estavam ligados a diabetes”, disse Monica Lind, professora associada da Divisão de Medicina Ocupacional e Ambiental da Universidade de Uppsala.
“O ácido perfluorooctanóico (PFOA) também foi associado com diabetes neste grupo. Vimos também que o PFOA foi ligado a secreção interrompida de insulina do pâncreas”, disse Lind. O estudo levanta a questão de que os altos níveis de certos compostos perfluorados, que foram encontradas em todos os indivíduos neste estudo, estão ligados ao desenvolvimento da diabetes.